A comunidade de Agostinho Neto, distrito de Lobata, foi o cenário escolhido para o lançamento do projecto de “Empoderamento das Raparigas” que tem como objetivo principal a realização da estratégia nacional de género.
Trata-se de um projecto composto pelas seguintes componentes: aumento de capacidade técnica empresarial através da UNICEF, aumento do acesso ao financiamento de startups lideradas por mulheres em situação de vulnerabilidade através do PNUD, aumento da capacidade de associações de startups lideradas por mulheres através da OIT e aumento de redes de segurança relacionadas com a educação disponível para as raparigas em situações de vulnerabilidades através da UNICEF.
O projecto destina-se à raparigas dos 18 aos 24 anos que já passaram por situações de gravidez precoce, que estejam em risco de abandono escolar e aquelas que por algum motivo abandonaram as escolas.
Na altura o Ministro da Juventude, Vinício Pina, sublinhou a importância do projecto porque " te- se constatado nos últimos tempos, um número cada vez maior desta franja da população com idade escolar a abandonarem os seus estudos, sobretudo neste período pandémico devido diversos factores mormente, económico, social, financeiro, dentre outros, principalmente, as jovens mulheres o que poderá ser perfeitamente revertido com este projecto de forma bem definido, implementado para combater este índice crescente que graça a nossa sociedade ".
Ao longo do projecto serão implementadas formações na área de empreendedorismo como ferramenta de capital importância capaz de permitir que as raparigas estejam melhor integradas na sociedade de forma que elas sejam suas próprias soluções, dos seus familiares e da sociedade.
O representante do UNICEF por sua vez pontuou que “devemos trabalhar para que cada família, cada mulher, cada jovem, cada adolescente e cada criança possam desfrutar de uma vida familiar, de um contexto social favorável à sua saúde e bem-estar e desenvolvimento. De facto como sabem, as mulheres, raparigas e as crianças são infelizmente as mais afectadas especialmente no que diz respeito aos impactos socioeconómicos desta pandemia ”.
O projecto tem a duração de 3 meses e conta com o apoio do UNICEF, do PNUD e da OIT para o desenvolvimento de capacidades de 180 raparigas que abandonaram a escola proporcionando formações em competências para a vida, educação sexual e corte e costura, empreendedorismo, etc.
O projecto pretende fazer com que as raparigas frequentem as escolas e estejam informadas sobre oportunidades profissionais e desenvolvam outras competências a nível do empoderamento das mulheres.